O Dízimo
Eis um assunto que é polêmico nas comunidades católicas. Embora todas as comunidades dependam financeiramente do dízimo para a sua sobrevivência, muitas vezes essa contribuição não é bem compreendida pelos fiéis.
O Dízimo deve estar situado no âmbito da fé e sua principal perspectiva é a evangelização. O Dízimo é o meio de sustento das ações pastorais, missionárias e de promoção social, sendo um elemento da “conversão pastoral e paroquial”.
O Dízimo é expressão de fé: a pessoa que oferece seu dízimo com alegria e gratidão testemunha a própria fé; é sinal de comunhão: quem oferece seu dízimo com o coração aberto sinaliza o anseio de partilha; é sinal de participação: o cristão que oferece seu dízimo na comunidade tem o firme propósito de pertença; e a oferta do dízimo é também expressão da ação evangelizadora: o cristão católico que oferta seu dízimo é um agente de evangelização, um mantenedor da pastoral paroquial e comunitária.
Dessa forma, o Dízimo é um compromisso de fé, de amor fraterno, de consciência cristã. Um compromisso moral sistemático, estável e periódico que é assumido por quem faz a experiência de Deus, fruto de decisão pessoal que exprime a pertença afetiva à Igreja e comunidade.
Muitos cristãos católicos que são atuantes nas comunidades costumam dizer dizer que seu dízimo é dado pelo trabalho pastoral que desenvolvem na comunidade. Um grande engano. O trabalho pastoral de catequistas e agentes pastorais é um compromisso de pastoreio, de transformação de uma comunidade para que esta seja catequizadora, de colaboração espontânea na ação evangelizadora direta.
Embora a nossa Igreja não determine nenhuma porcentagem predefinida de Dízimo e nem a forma como isso deve ser feito, que depende de cada lugar, essa contribuição é essencial e deve ser feita em espécie, fruto econômico do trabalho humano.
Para esclarecer todas as dúvidas e promover um melhor conhecimento do Dízimo na Igreja Católica, a CNBB publicou um documento que traz as orientações de referência e de retomada da Igreja pelo Dízimo como forma habitual de manutenção das comunidades cristãs e de evangelização.
D. Paulo Mendes Peixoto nos enviou uma ótima síntese desse documento, que ajudará a compreende-lo melhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário